«Olá, Elmo.
Eu e o Patrick falávamos da dinâmica do poder.
Crescemos já com ela.
Pai-filho, professor-aluno.
Mas com o tempo, as relações complicam-se.
Não é tão fácil defini-las.
Era bom imaginar igualdade entre amigos, parceiros.
Mas estaremos a enganar-nos?
Digam-me, Elmo.
Na dança da vida é possível ter dois parceiros iguais ou alguém tem sempre de assumir o comando?»
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«Somos as filhas do movimento feminista, ensinadas desde cedo que nada nos pode parar, que poderemos subir tão alto e ter êxito como qualquer homem.
E de certa forma é verdade.
Demos grandes passos, pondo de parte papéis tradicionais do nosso sexo e perseguindo aquilo que queremos.
Mas parte de se ser poderoso é saber quando recuar.
E olhar para a vida de outra perspectiva.
Porque numa relação, não há um administrador.
É uma dança delicada, de empurrar e puxar, de ir atrás e à frente, acima e abaixo.
Mas aguentamos pois ao fim do dia não queremos dançar sozinhos.
E quando encontramos alguém, um parceiro, comprometemo-nos, amando tudo o que conseguimos e fechando os olhos a tudo o resto.
Pois o amor não é perfeito, mas é o grande amor imperfeito que nos faz evoluir, felizes.
E no final, a vida não é isso?»
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