«O problema de ser médico é que nos sentimos loucos.
Há anos que não dormimos, passamos o dia com pessoas em crise, não conseguimos julgar o que é normal.
Em nós ou noutras pessoas.
E as pessoas continuam a perguntar-nos como estão.
Como poderemos saber?
Nem sabemos como nós estamos.»
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«- Tivémos a primeira conversa sincera sobre os seus sentimentos e quer ir-se embora, não lhe parece estranho?
- Não! E continua despedida.
- Não, vai desistir.
- Não vou desistir.
Não desisto das coisas.
- Por acaso desiste.
A sua mãe desistiu do seu pai, o seu pai desistiu de si, você desistiu do seu namorado e, se li bem o seu historial, desistiu da sua vida, por instantes, em várias ocasiões.
Desistir é o que sabe fazer.
- Está mesmo despedida.
- Chegámos a algum lado.»
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«Não perguntem porque as pessoas enlouquecem.
Perguntem porque não o fazem.
Vendo tudo o que podemos perder num dia, num instante, o que será que nos mantém sãos.»
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«- A minha mãe tentou suicidar-se quando eu era pequena.
Foi depois de perder o amor da vida dela.
Nunca contei isto a ninguém.
- Está bem.
- Acha que estou partida?
Arranje-me.
Não sou uma desistente.
Vamos!»
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