Nota de Intenções: A Homossexualidade e a Síndrome de Down são, ainda hoje, estigmas que exilam seres humanos para A Outra Margem da vida. A moral tradicional na mentalidade dominante é, ainda hoje, causa incontornável de exclusão e afastamento. Iluminar e exibir a humana normalidade dos "anormais" é confrontar os "normais" com a sua própria e íntima "anormalidade". É propor uma ponte de compreensão entre as duas margens.
Um filme a não perder. Parabéns Filipe Duarte e Tomás de Almeida. Obrigado. Eu não teria conseguido descrevê-lo melhor. Sou um "anormal" num mundo de "normais" onde existem muitos "anormais" também. Todos com as suas normalidades e anormalidades, inatas ou adquiridas, escondidos ou visíveis, à luz do dia ou na escuridão da noite. A Outra Margem por vezes fica muito longe, muito distante, impossível de alcançar...
Eu sou "anormal" e tu? Eu estou n'A Outra Margem e tu?
«Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.» in Livro dos Conselhos
«(...) Penso que não cegamos, penso que estamos cegos, Cegos que, vendo, não vêem.» in Ensaio Sobre a Cegueira
Prémios: Filipe Duarte e Tomás de Almeida receberam ex aequo o prémio para Melhor Actor no Festival de Cinema do Mundo de Montreal, pelas suas surpreendentes interpretações no último filme do realizador Luís Filipe Rocha, A OUTRA MARGEM, produzido pela Clap Filmes, de Paulo Branco.
O Júri da 31.ª Edição do Festival foi constituído por Alyda Faber (Canada), Guy Marchessault (Canadá), Heike Kühn (Alemanha), Scott Malkemus (E.U.A.) e Roman Mauer (Alemanha).
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