«-Prefiro esmiuçar uma situação a fugir dela.
-Nós não fugimos, afastamo-nos um bocado, pomo-nos à coca. Com as mulheres, é tudo ou nada. Eu consigo afastar-me.»
(...)
«-Mas... não és a única mulher. A minha vida é uma loucura. Ando sempre de um lado para o outro. Não tenho tempo para relações intensas. Logo, tenho várias menos intensas. Relações sem compromisso.
-Certo.
-Não te importas?
-Sabes que mais? Não. Quem precisa de compromissos?»
(...)
«-O que achas de sexo sem compromisso?
-Vou arriscar e falar em nome de todos os homens. É espectacular!
-É exactamente o que eu penso.
-Então é unânime.»
(...)
«Apenas sexo, sem expectativas. Deixei-me ir na corrente. Foi bom e ainda bem que o fiz.»
(...)
«-Dormiram juntos?
-Como?
-Tu e o Stuart. Fazes sempre isso depois de dormires com um homem. Ficas obcecada com as mensagens. Ele já ligou?
-Não, mas está tudo bem. Só passou um dia. Além disso, temos um acordo.
-Certo, "sem compromisso".
-Exactamente.
-Gostas dele.
-Não, temos uma relação óptima.
-Não tens de aceitar as coisas como são. Sabes isso não sabes?»
(...)
«-Se aprendi alguma coisa, é que não se pode estar com meias medidas em nenhum tipo de relação.
-É tudo ou nada.
-É o que parece.
-Não seria óptimo se pudessem existir relações sem compromisso?
-O compromisso existe sempre.»
(...)
«-Nisto não consigo ser como os homens. Sou mulher Stuart. Se durmo contigo, vou querer mais e saber mais. Não consigo parar a meio.
-Eu entendo Marin.»
(...)
«É impossível definir o que caracteriza um homem, porque não existem dois homens iguais. Mas aprendemos muito, se nos colocarmos algum tempo no lugar deles.
Os homens podem ser incrivelmente fortes e ternos ao mesmo tempo. Podem ser amorosos e capazes de partilhar tudo.
Alguns, pelo menos os bons.
Tendem a possuir algo que os prepara para grandes responsabilidades, ainda que seja uma responsabilidade de outrém.
Por vezes, a única coisa mais difícil que assumir a responsabilidade pelo erro de outro homem é assumirmos a responsabilidade dos nossos.»
Sim, não há duas pessoas iguais. Nem homens nem mulheres. Por isso não há duas relações iguais. Mas há relações sem compromisso. Umas funcionam, outras nem por isso. Há quem seja "talhado" para umas e outras. Todas fazem sentido, desde que nos façam sentido a nós e ao outro. Desde que estejamos preparados para o que vem a seguir. Queremos mais ou não? Queremos saber mais ou não? O que temos é suficiente? E é mesmo verdade que o compromisso existe sempre? Temos força suficiente para assumir a responsabilidade? A nossa responsabilidade na relação, com ou sem compromisso. PS
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