«As histórias dos doentes começam todas da mesma maneira.
Começam por estar bem.
Começam no antes.
Agarram-se a este momento, a esta memória de estar bem, deste antes, como se falar disso os levasse de volta a esse momento.
Mas o que não percebem é que, o facto de falarem disso connosco, que somos médicos deles...
Significa que não podem voltar a esse momento.
Quando nos vêem, já estão no depois.
E apesar de todas as histórias começarem da mesma maneira, o final da história depende de nós e de quão bem os diagnosticamos e tratamos.
Sabemos que depende de nós.
E todos queremos ser heróis.»
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Sim, e também depende de mim, de nós, que não somos os médicos mas os outros.
Sim, quero agarrar-me ao antes ou ao depois futuro onde tudo já está bem.
Sim, também quero ser um HERÓI.
PS
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