«Os cirurgiões são confusos.
Somos carniceiros.
Carniceiros confusos e que gostam de cortar.
Cortamos pessoas e continuamos.
Os nossos doentes morrem, mas continuamos.
Provocamos traumas, sofremos traumas.
Não temos tempo para pensar como o sangue e a morte nos fazem sentir.»
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«Quando há uma crise, não bloqueias, avanças.
Fazes-nos avançar, porque já viste pior.
E sobreviveste a pior, sabes que vamos sobreviver também.
Dizes que és sombria, mas isso não é um defeito.
É uma força.
E faz de ti quem és.»
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«Não importa quão fortes somos.
Os traumas deixam sempre marca.
Segue-nos até casa.
Muda as nossas vidas.
Os traumas confundem toda a gente.
Mas talvez seja essa a intenção.
A dor, o medo, essas tretas todas.
Talvez sejam essas coisas que nos permitem avançar, que nos dão força.
Talvez tenhamos de ficar confusos antes de conseguirmos erguer-nos.»
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