Exercício: Escrever 1 página sobre um livro que gostámos e nos marcou.
“História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar”
- Luís Sepúlveda -
- Luís Sepúlveda -
Os médicos dão várias coisas aos pacientes. Remédios, conselhos, e muitas vezes toda a sua atenção. Mas, por vezes, a pior coisa que podem dar a um paciente, é a verdade. A verdade pode ser cruel e estranha. E muito frequentemente a verdade magoa. As pessoas dizem que querem saber a verdade. Mas será que querem mesmo? A verdade pode ser dolorosa. No fundo, ninguém a quer ouvir, especialmente quando tem a ver connosco. Às vezes dizemos a verdade, pois é tudo o que temos para dar. Por vezes dizemos a verdade porque temos de a dizer bem alto para realmente a ouvirmos. E por vezes dizemos a verdade porque não nos conseguimos conter.
Este foi um dos momentos de verdade na minha vida. Ler as palavras que um homem colocou na boca de um gato que quer proteger uma gaivota e ensiná-la a voar e que amigos me ofereceram num aniversário há muitos anos atrás.
Foi a sua maneira de me mostrarem, sem o dizer, que sempre me deram todo o carinho sem nunca pensarem em fazer de mim um gato. Porque eu era uma gaivota. Porque eles queriam que eu fosse gaivota. Porque aprenderam a apreciar, a respeitar e a gostar de um ser diferente.
Sou uma gaivota e tenho que seguir o meu destino de gaivota. Tenho de voar. Foi isso que também a mim me quiseram dizer. Que quando conseguisse voar seria feliz e que só aí os nossos sentimentos seriam mais intensos, porque seria «a amizade entre seres totalmente diferentes». Esta história lembrou-me a minha verdade.
A nossa história pessoal pode ser dolorosa, mas não é a nossa destruição. Se tivermos sorte, é a nossa fundação. Apenas temos de trabalhar no meio da confusão até encontrarmos o que importa. Por vezes, se temos a vista e o castelo certos, podemos construir as fundações da nossa nova história.
Algumas vezes, a atitude certa faz-nos sentir tudo excepto bem. Podemos sentir-nos receosos, desconfortáveis. Porque mesmo quando tomamos as decisões certas e assumimos a nossa verdade, ainda acontecem coisas más.
Por mais que queiramos, não existem garantias. Resta-nos ter fé de que se agirmos com o coração aquilo que fazemos, um dia, far-nos-á sentir bem. Mesmo quando o que somos e o que fazemos pareça ter algo de errado.
E é por isso que eu continuo a voar.
Este foi um dos momentos de verdade na minha vida. Ler as palavras que um homem colocou na boca de um gato que quer proteger uma gaivota e ensiná-la a voar e que amigos me ofereceram num aniversário há muitos anos atrás.
Foi a sua maneira de me mostrarem, sem o dizer, que sempre me deram todo o carinho sem nunca pensarem em fazer de mim um gato. Porque eu era uma gaivota. Porque eles queriam que eu fosse gaivota. Porque aprenderam a apreciar, a respeitar e a gostar de um ser diferente.
Sou uma gaivota e tenho que seguir o meu destino de gaivota. Tenho de voar. Foi isso que também a mim me quiseram dizer. Que quando conseguisse voar seria feliz e que só aí os nossos sentimentos seriam mais intensos, porque seria «a amizade entre seres totalmente diferentes». Esta história lembrou-me a minha verdade.
A nossa história pessoal pode ser dolorosa, mas não é a nossa destruição. Se tivermos sorte, é a nossa fundação. Apenas temos de trabalhar no meio da confusão até encontrarmos o que importa. Por vezes, se temos a vista e o castelo certos, podemos construir as fundações da nossa nova história.
Algumas vezes, a atitude certa faz-nos sentir tudo excepto bem. Podemos sentir-nos receosos, desconfortáveis. Porque mesmo quando tomamos as decisões certas e assumimos a nossa verdade, ainda acontecem coisas más.
Por mais que queiramos, não existem garantias. Resta-nos ter fé de que se agirmos com o coração aquilo que fazemos, um dia, far-nos-á sentir bem. Mesmo quando o que somos e o que fazemos pareça ter algo de errado.
E é por isso que eu continuo a voar.
PS - 17/01/08
NOTA: Dos 40 textos recebidos pelo professor, 14 foram fotocopiados por ele e distribuídos à turma. Este foi um deles.
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